segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Supra Comentários (3)


Até quando o primeiro asfalto de Sinop, a obra da BR-163 (lá de 1989) e o bendito linhão, vão ser mote de campanha? Toda vez que reúnem os tucanos com o pessoal do PFL é a mesma ladainha.

Essas obras foram no século passado. Fundamentais para nosso progresso, mas é parte da história. É como se fossemos comemorar todo o ano de Copa do Mundo aquele gol do Vavá, na final do mundial de 1958, contra a Suécia, que nós deu o primeiro caneco. No futebol isso é saudosismo, e até é saudável. Na política isso se chama desespero por voto.

O político tem mania de falar que fez, que faz e que é o cara. Se orgulha de citar grandes obras e quando não as tem, diz que administra pelo ser humano. Qual ser humano? Esposa, filhos, familiares e quem sabe alguns amigos? Bom, pode ser. Esses para cunho de pesquisa do IBGE são de fato humanos.

As grandes obras são cantadas como suas. Quando alguém na mesa de honra errou os créditos do linhão, achando por engano outro pai para a criança, o dono se manifestou quando chegou sua vez, com aquele bordão: “Essa obra é minha”.

Minha”? Ou melhor, “Sua” Jaime Campos? Quanto vossa excelência (ver Dicionário do Legislativo) investiu do seu bolso nela? Foi financiamento, consórcio ou pagou a vista? E porque tanta benevolência?

Jaime não gastou nada. Se bobear ainda ganhou com isso. Afinal, nos idos de 90 e tantos amarrava-se cachorro com lingüiça por aqui. O Nortão era o final de linha, o faroeste sem leis. Quando Jaime “deu a luz”, quem custeou foram os cofres públicos, dinheiro de impostos que o gestor de a obrigação de aplicar com sapiência e responsabilidade. Não tenho a informação se havia algum programa federal voltado para a expansão da energia elétrica. Hoje tem, é do governo federal e leva luz para qualquer casebre no interior com duas vacas e uma galinha. Se foi esse o caso da época, já que havia o tal contingente populacional, quem pagou foi o governo federal. Se não teve programa, foi o governo do Estado. Ou ainda pode ter sido com a participação da iniciativa privada. Se bem que essa é mais a cara do Maggi. Agora uma coisa eu tenho certeza: o Jaime não foi.

Então pára! Jaime, Julio, Riva, Wilson, Leitão, DDD, JC e outros tantos. Chega de torrar o meu dinheiro no que vocês consideram prioridade e depois ainda cantar vantagem dizendo: “Essa obra é minha”.

.

2 comentários:

  1. Esta obra é de Itamar Franco, caso ela pertença á alguém, além dos brasileiros com seus impostos...Nem Jaime, nem Julio, nem Dante. Quem começou foi o MDB de Bezerra e a Caravana da Integraçao em 1986. Tá tudo regitradinho na história, envolvendo o Rima da Hidrel[etrica de Manso.
    Lembroso!

    ResponderExcluir