domingo, 15 de novembro de 2009

A solução dos problemas da saúde



Assisti pelo menos umas 15 reportagens da queda dom muro de Berlin na semana passada. Quando tem uma dada dessas a imprensa nacional chega a torrar a paciência. É a mesma coisa, várias vezes, em todos os canais. Mas essa overdose de conteúdo redundante me deu uma inspiração para resolver o problema de saúde pública de Sinop.

Se a tal parede de concreto conseguiu proteger o comunismo por 28 anos, com certeza vai proteger o P.A pelos 8 anos (prováveis) do JC.

Então vamos levantar um muro em volta de Sinop. Cercar todos os limites do município com tijolo e cimento. Assim teremos uma saúde pública igual a do Canadá.


“Você tá louco Barbas? Fumou Crack?” – Questiona Rozicleysson, o servente de pedreiro que faz parte da nossa equipe.


Pode até ser. Mas a substância que alterou minha percepção não foi a pasta base da cocaína misturada com bicarbonato de sódio. Foram os “Blá-blá-blás” (Ver dicionário do Legislativo).

Em pelo menos 3 entrevistas JC disse que está investindo 25% em saúde, o que considera muito. Entre os choromingos, afirmou que se fosse só para atender a população de Sinop, a saúde seria de primeiro mundo. “Igual a do Canadá”, garantiu.

Como tem acontecido nos últimos dias, tudo que o Imperador do dedo em riste fala dá eco na Câmara. Queria ter essa habilidade para adestrar melhor meus cachorros. E assim foi Gilson Trakinas para a tribuna:

“Se abrir o hospital, a população inteira da região vai vir para Sinop”, profetiozou o vereador do rosto redondo e sorridente.

A xenofobia não parou por ai. O presidente da Câmara redonda, Mauro Gralhacia, deu uma de metereologista, dizendo que se botar para funcionar o prédio do Leitão, “vai ter uma chuva de pessoas do Sul do Pará”.

Ao que parece os problemas da nossa cidade PÓLO são mesmo os firangues estrangeiros. Eles são bons quando trazem o dinheiro para o comércio, mas bárbaros usurpadores quando desfrutam de nossos atendimentos públicos.

Por isso o muro terá que ser adaptado. Teremos guaritas protegidas pelos homens de cinza da Guarda Municipal. Eles farão a triagem nos pontos de acesso. Se tem dinheiro e vem para comprar, passa. Se tiver uma unha encravada que seja não recebe o visto.

Não é uma boa? Dá até para colocar o Mauri Saco de Lima para fazer o muro e pintar de vermelho. Grana tem, afinal, o orçamento da Saúde é quase igual ao orçamento da Secretaria da Cidade.

E viva o Canadá!

2 comentários:

  1. Haja tinta para pintar o possível muro do Mauri... A prefeitura poderia aproveitar a parceria com o governo do Estado e cercar com cerca elétrica. Imaginei o cidadão chegando do Pará e sendo entrevistado pelo Guardinha em frente a uma cancela com uma placa 'Bem vindo a capital do Nortão'...rssss

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  2. E VIVA À DITADURA, E À UNIÃO DOS MUNICÍPIOS!

    SERIA ISSO! OU NÃO?

    VIVA À BERLIM!

    E A MURALHA DA CHINA... ÊBA!!!

    HEHEHEHE

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