segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Enquete de pobre





Estou com uma vontade de fazer uma enquete, dessas que nenhum outro site vai fazer. Mas como os recursos tecnológicos do Barbas de Molho são limitados (agora, espera para ver em fevereiro), vamos ter que fazer do jeito manual. E para a enquete ficar mais de “pobre” ainda, vamos contar o dinheiro alheio.

A pergunta vai ser a seguinte:

“Na sua opinião, qual veículo de comunicação de Sinop recebeu mais dinheiro da prefeitura?”

É uma pergunta simples e direta. Ao leitor do Barbas, peço que deixe o nome do veículo como comentário, e assine com um pseudônimo qualquer.

Algumas sugestões:
Jornal Capital
Diário Regional
Celeiro do Norte
TV Capital
TV Cidade (Dorner)
TV Centro América
TV Band
TV do Mauri (qual é o nome mesmo?)
Só Noticias
Noticias Virtuais
Nortão Notícias
Meridional FM
Rádio Hits
Meridional AM
Rádio Band

Se for outro da lista, não tem problema. Tentem se lembrar de onde viram propagandas da prefeitura, em qual veículo e em qual época. Todos são consumidores de TV, rádio, site e jornal (tá, jornal talvez não), então nada mais justo do que vocês avaliarem para onde foram as “mídias” do município.

O porquê disso


Como não consigo trazer a informação precisa (nem por alto), para publicar aqui, estou chutando. E não é incompetência de jornaleiro preguiçoso no final de ano. Os gastos com a imprensa estão escondidos. Hedvaldo, o Professor Retirante, chegou a pedir por requerimento, mas não teve sucesso e agora apela no MP. Então são 3 opções: Ou a Super Loira lá da promotoria quebra esse sigilo do Góis, ou o próprio Góis tem um acesso de servidor público trabalhando para o povo e manda esse relatório para cá, ou a gente fica instigando.
Eu já comecei
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sábado, 19 de dezembro de 2009

Aviso aos navegantes



Acabei de derrubar o tópico que falava sobre a grana da mídia da prefeitura. E quero explicar porque. Algum anônimo postou um comentário chamando meio mundo de grileiro. Sem qualquer tipo de embasamento, apenas por opinião. Eu até entendo, mas a justiça não. Como o blog não tem receita ou patrocinadores, é algo caseiro, não tem como eu tirar do meu mísero salário de jornalista para pagar ação indenizatória à pessoas pública. Sim, porque aquele comentário dava processo de certeza.

Então a partir de agora botei uma trava no sistema. Não queria fazer isso, mas pretendo evitar o vuco-vuco e uma eventual visita extensa ao Ferrugem. Como não me dou bem em lugares pequenos e fechados, a partir de agora todos os comentários terão que ter autorização para liberar. Na prática não muda muito, já que sou eu que decido.

Gostaram? Eu também não, mas é assim que as coisas funcionam. Por causa da bocabertice de uns todos pagam. Ser crítico não tem nada haver com ser mentiroso...

Na segunda o tópico apagado volta, sem prejuízos...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Várias formas de contar uma história


Quero pedir a ajuda dos catedráticos leitores do Barbas de Molho. Algo desagradável aconteceu na última semana e preciso de opiniões externas para tirar uma conclusão. O que vou pedir é simples: quero que leiam a matéria abaixo, que não foi publicada em lugar nenhum (pelo menos não desse jeito), e que respondam para que lado ela pende. Deixe o comentário se acha que puxa o saco e idolatra o JC, ou se a brasa vai para a sardinha do Leitão, Sr. Burns e companhia limitada, ofendendo o prefeito. Dê seu veredicto.


Maratona jurídica de JC não acabou
Celeuma:
Prefeito passará a maior parte do mandato se defendendo

Jamerson Miléski

O julgamento do TRE/MT (Tribunal Regional Eleitoral), da última quarta-feira (9), devolveu o mandato ao prefeito de Sinop Juarez Costa (PMDB). Mas a extinção da sentença inicial que cassou Juarez, não significa que a maratona na justiça eleitoral acabou. Juarez deve passar a maior tempo do seu mandato se defendendo na justiça para se manter no cargo de prefeito.


Durante quase um ano do seu mandato, Juarez esteve cassado, governando por força de liminar. Com o embargo de declaração, aprovado pelo TRE, anulou a sentença de primeira instância extinguindo a cassação. Mas esse não é o fim da sina.


O advogado da coligação do candidato Paulo Fiúza (PV), já anunciou que vai recorrer. A partir da publicação do acórdão os advogados tem 3 dias para apresentar o recurso, que será julgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Possivelmente, o processo só será encaminhado para o TSE em 2010, devido ao recesso. Se for aceito tramita durante 6 à 12 meses até ser julgado. Se o recurso for aprovado, Juarez volta a estar cassado.


Se o apelo for derrubado pelo TSE, o processo volta a origem. Terá que ser julgado em primeira instância, em Sinop, por outro juiz que não seja João Manoel Guerra, que proferiu a sentença inicial, que foi embargada. O processo passa por um outro julgamento porque o TRE não descartou as acusações de abuso de poder econômico e compra de voto, mas sim o mérito do juiz.


O julgamento, que provavelmente será feito pelo juiz Mário Machado, pode demorar mais uns 6 meses. Independente do resultado, pode haver um novo recurso, no TRE, e outro posterior no TSE. Se os períodos de resposta forem os mesmos, Juarez encerra a maratona jurídica em 2013, ou seja, quando seu mandato já estiver encerrado.

JC pede reconhecimento
Na entrevista coletiva depois do julgamento do TRE, Juarez disse que seus adversários precisam reconhecer a sua vitória, que foi nas urnas e na justiça, e o deixe governar. A declaração do prefeito foi para que não hajam novos recursos. Isso não vai acontecer.


Nossa redação entrou em contato com o advogado da coligação adversária, Marco Aurélio Fagundes, que confirmou a apresentação do recurso. O argumento do advogado é de que existem provas sólidas de que houve irregularidade na eleição de Juarez, que a coligação não pode simplesmente aceitar. “Mesmo que não apresentássemos mais recursos, certamente o Ministério Público apresentaria, porque pediu a condenação do prefeito nos dois pareceres que emitiu”, afirma Fagundes.


Para o advogado o resultado no TRE já era esperado, pois se tratava de uma decisão política.
Juarez não quer novos processos. Disse que passou um ano governando sem saber se no dia seguinte continuaria prefeito. Essa aflição ele quer evitar daqui para frente.


O prefeito ainda terá suas contas julgadas pelo TRE na segunda-feira (14). É, também um recurso. As contas de Juarez foram reprovadas na primeira instância. No entanto, a reprovação das contas não gera a cassação do mandato.

Argumentos

Do lado Fiúza

Sua defesa afirma que o processo montado contra Juarez tem provas de que houve compra de votos e abuso de poder econômico, e que portanto o fato é evidente, robusto. Fagundes cita os vales combustíveis, as fotografias e vídeos de pessoas abastecendo, as provas testemunhais e as análises periciais. Todos esses elementos estão no processo inicial, julgado no final do ano passado, antes mesmo de Juarez assumir o mandato.

Do seu lado, Fagundes tem o apoio do Ministério Público, tanto o local quanto do estado, que nas duas situações emitiu o parecer pela condenação de Juarez. E por duas vezes o prefeito foi condenado, em primeira e segunda instância. Só no terceiro recurso, que não julgava o mérito do processo, mas a forma com que o juiz emitiu a sentença, é que Juarez venceu.

Do lado JC
O principal argumento é de que Juarez não precisava comprar a eleição. O pleito havia sido ganho há pelo menos 3 meses antes da votação. As urnas servem de endosso para o prefeito que acumulou 68% dos votos.


Outra afirmação da defesa de Juarez é de que a acusação do processo inicial não se sustenta. As testemunhas são superficiais, com depoimentos que não dão nomes ou datas precisas. Também há desqualificação das provas, ao dizer que os vales apreendidos são de uso comum da ADM (empresa que forneceu), ou seja, não eram exclusivos da campanha de Juarez. Portanto os vales, fotos e imagens podem ser de qualquer outra empresa. “O juiz [João Guerra] deu a sua sentença baseado em fontes fidedignas, que não citou de quem se trata. A justiça não pode operar dessa forma”, argumento Alexandre Pereira, advogado de defesa do prefeito.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Previsões para 2009



Desde que a coluna no impresso foi extinta e “nos” mudamos para esse blog, estou tentando fechar o contrato com a Madame Zoraide, a antiga cartomante do Barbas de Molho. Depois de argumentações, chantagens e propostas indecentes, Zoraide aceitou. Então seja bem vinda Madame.

Zoraide volta e inicia as previsões para 2009. Enquanto todo mundo já está enterrando o “velho” e pensando em 2010, nossa cartomante-vidente-mãe-de-santo, pré-anuncia o que ainda vai acontecer nesse ano.


Usando a milenar técnica de leitura do casco da pata de um suíno jovem, Zoraide teve uma visão. Os dedos do membro já sem vida se mexiam de forma inquieta, como se o bicho esperneasse, esboçando vida.


Leigo, pouco entendo desses rituais quando assisto. Mas Zoraide é pedagógica e me explica com atenção. Segundo a cartomante, nos próximos dias acontecerá uma grande polêmica na cidade. Alguém que estava no poder mas já se foi, aparecerá com um relatório, uma espécie de dossiê, apontando falhas da atual administração. O documento será montado com cuidado, com a ajuda de especialistas e pessoas que ainda estão no poder, herança do tempo passado cultivadas estrategicamente. Com esse catálogo das mancadas de JC, esse espírito vai procurar a imprensa e com isso tentar reviver (e ser lembrado até outubro de 2010).


Zoraide vai além. A cartomante diz que os dedos se movimentando indicam os lugares que serão fuçados. Para quem nunca contou, um porco tem 4 dedos, independente se é macho, fêmea, cachaço ou leitão.

Começando pelos da frente, que são maiores. O primeiro dedo é referente ao Hospital Municipal. Será um dos principais assuntos do Relatório anti-JC. A promessa é de que apareçam documentos mostrando que era possível ter colocado o hospital para funcionar em bem menos tempo.

O segundo assunto do dossiê será o esgoto. A briga do passado será retomada só que agora com uma nova versão, invertendo os papéis de acusado e acusador. A principal pergunta será:
“- Se JC conseguiu baixar o custo de R$ 51 milhões para R$ 34 milhões para o projeto de esgoto que previa atender 40% do município, porque não pegou o dinheiro todo do BNDES e fez logo 100%?”.

O terceiro dedo diz respeito ao centro de eventos, inaugurado mas até agora não foi aberto. E por fim o relatório “pé de porco” encerra com a merenda escolar e supostos demonstrativos de que o fim da terceirização não gerou economia e transformou a merenda em ração alimentar (esse assunto eu vou trabalhar mais pra frente).

E será com essa esperneada de final de ano que 2009 encerra, dando início a um lindo 2010, cheio de ataques políticos e confrontos partidários, priorizando sempre a eleição e a aniquilação dos grupos rivais. Ou seja, tudo na mesma paz de sempre.

Nota: ao homem do pé de porco, se preferir, o Barbas de Molho gostaria de ser o primeiro a receber o relatório. Mas se for para a Band, lembra de dar o crédito

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Questão de interpretação


Gosto muito de filosofia e como tal um dos pensadores mais difíceis de interpretar é Nietzsche (tem que pegar o nome do cara no Google para escrever direito). Entre suas obras está “Para Além do Bem e do Mal”, um título forte, que me fez lembrar do Imperador de Sinop. Por que? Eu explico!

A analogia não veio de graça. Nas últimas duas semanas tenho escutado de diferentes pessoas ligadas a política (e seria covardia citá-las), a seguinte frase:

“Já está tudo certo lá em Cuiabá”.

A afirmativa se refere ao processo que JC responde por escambo, quando trocou gasolina por voto. O teor da retórica é de que, relativo a decisão está “tudo certo”.

Certo como? Não quero buscar a etimologia da palavra, mas dizer que até agora o que a turma do JC tem é “errado”. Errou na campanha, falhou no processo anterior e agora está perdendo novamente por 3 votos a 2. Isso é certo?

Talvez seja só drama, e tudo se reverta. Mas se isso acontecer, foi pré-anunciado. “Estava tudo certo”, como dizem pelos cantos. Imaginar que houve um “acerto” coloca JC acima do bem ou do mal, um prefeito glorificado que continua no cargo mesmo cassado, atuando com franca liberdade e sendo amado pelo povão. Desculpe Imperador, mas, dessa forma, ou és santo ou traidor.

Se o “tudo certo” era um processo judicial bem montado, seguindo as premissas da lei, amém! Agora, e se o “tudo certo” foi a famosa mala?

Isso me lembra outro pensador, que também está na cabeceira. Maquiavel afirmava em suas teorias que “os fins justificam os meios”, embora nunca tenha escrito essa frase, nesse formato. Significa, em suma, que o príncipe pode usar de qualquer mecanismo para atingir o seu projeto final. Por exemplo: Digamos que eu seja deputado e sonhe uma Sinop Melhor... valeria de tudo, qualquer coisa mesmo, para me eleger prefeito. Mesmo que tivesse que apelar para as práticas rasas e indecentes das velhas raposas da política. Afinal, tudo mudaria quando eu chegasse ao poder.

Essa é a teoria de Maquiavel... na verdade funciona mais como uma leitura dos líderes, desde o século 17. E pelo visto nunca esteve tão atual...
Mas fiquem todos tranqüilos, afinal, “está tudo certo”...
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Quanto custa ser cidadão sinopense?


Ganhar um papel bonito com o brasão do município e assinatura do presidente já foi um símbolo de pioneirismo e serviços prestados para a população de Sinop. O título de cidadão sinopense era uma honraria que distinguia nossos heróis do resto, da vala comum.

Os anos passam, as pessoas envelhecem, os líderes são substituídos e os valores mudam. É um ciclo da sociedade. Antes era heróico derrubar a floresta, batalhar pelo linhão, ser deputado e comandar uma entidade de classe. Hoje basta colocar em Sinop algo que custa bem caro.

Falo isso com referência as duas últimas indicações para receber o tal título. A primeira foi no dia da entrega do Caveirão Amarelo, para apagar o fogo do aeroporto. JC, anfitrião da festa, pediu um título de cidadão para Saito, um japonês da aeronáutica que atende por uma patente de doce típico nos aniversários infantis. Por quê? Bom, segundo o homem do dedo em riste, Saito foi determinante para que Sinop conseguisse o caminhão. A argumentação do prefeito falou ainda que se a prefeitura tivesse que pagar, desembolsaria R$ 1,2 milhão.

A outra indicação recente de “título de cidadão” foi feita pelo próprio que assina o papel timbrado. Mauro Gralhacia quer tornar sinopense os diretores da Toya Martins e da Modelar. Você conhece esses? (Eu nunca vou esquecer).

As duas empresas vão construir 5 torres de apartamentos próximo a faculdade. Como pretendem gastar R$ 30 milhões no empreendimento, já dá cota para dois títulos de cidadão. De brinde! Nem precisa morar aqui.

Esses são os novos heróis de Sinop: um militar que, ou está cumprindo com sua obrigação ou está sendo manipulado pela classe política... e dois empresários, com sedes em outras cidades, que acharam uma mina de ouro que estava sendo explorada tranquilamente pelos “garimpeiros” locais.

Nenhum dos dois fez favor algum para Sinop. Muito menos heroísmo. Um cumpriu sua obrigação e o outro está ganhando dinheiro, que é também, a sua “obrigação” como empresário.

Estamos carentes de heróis, e na falta deles elegemos qualquer um como referência...

O Tribunal é Eleitoral

Hoje, 7 senhores de capa preta se reúnem ao por do sol para decretar o fim ou a libertação de um homem. Calma! Não se trata de nenhum ritual escabroso. Estou falando da sessão do tribunal eleitoral. Faltam dois votos para definir se JC fica na prefeitura ou se encerra seu mandato.
Mas a questão não é essa. JC é peixe pequeno e como tal pouco importa se continua brincando de prefeito ou não. Digo que nosso imperador é um alevino porque não figura como candidato para 2010.

O que será votado hoje é o plano político do PMDB para o próximo pleito. Pense em um jogo de xadrez, entre o conde Silval e o maestro da Assembléia. A cria de Matupá representa a continuidade do atual grupo do governo, mas seu principal rótulo é o Nortão. Silval é o interiorano e por isso JC é a sua rainha. Como prefeito da maior cidade do Norte, nosso imperador se torna a peça mais importante do tabuleiro político de Silval. E também a que mais ameaça o adversário, o calvo de Juara (made in Nortão).

Entenderam? Não se trata de uma briga entre JC e Fiúza. Isso foi lá no início. Agora é uma questão de Silval ou Riva. Ou, se preferir ampliar o quadro, de Botinudos contra Tucanos.
Quando há interesses dessa magnitude em jogo, outras questões perdem a importância. Por exemplo, ninguém mais quer saber se houve ou não crime eleitoral, se as infrações influenciaram nos resultados ou como Sinop vai proceder perdendo o seu prefeito. Essas questões ficam para depois, ou para nunca. O importante nesse momento é apartar e marcar o rebanho de 70 mil eleitores.